terça-feira, 15 de março de 2016

Segurança Pública x Educação
A Educação pode mudar a triste realidade do crime em São Leopoldo


Ex-militar da aeronáutica, Bacharel em Direito, Delegado de Policia, Professor de técnicas de investigação criminal da academia de Polícia Civil do RS e palestrante do Ministério da Justiça na estratégia nacional de combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro, Heliomar Athaydes Franco atua na cidade de São Leopoldo desde 2003. Determinado a combater a criminalidade que atrai os jovens, por conta das facilidades que a prática de latrocínio e venda de entorpecentes proporciona. O experiente Delegado responsável pelo 1º DP, que abrange 19 bairros, é incansável em buscar alternativas dentro da Polícia para mudar a realidade criminal no município. Dentre elas as operações em conjunto com outros Estados e a Operação Artigo 40.
Em sua avaliação, as estatísticas de morte são alarmantes para o município, mas atribui as ordens emitidas diretamente das facções que partem dos presídios, como principal responsável pelos crimes em São Leopoldo. “Os homicídios que ocorrem nas vias urbanas são ordens expressas por quem esta por trás dos muros das cadeias”.
Questionado sobre a solução mais eficaz para reduzir o alto índice de homicídios na cidade, Heliomar aposta na investigação, prisão, apreensão em torno do crime com representação de prisão. Questionado sobre qual a medida eficaz para combater a organização criminal nas cadeias, destaca que Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) é o órgão que administra os presídios. E que o trabalho da Polícia Civil consiste em investigar, prender e apreender.
Heliomar aposta na individualização do perfil do detento a partir de sua conduta criminosa, para conceder alternativa de trabalho externo. Segundo ele, a fiscalização como ocorre hoje, não esta surtindo o efeito necessário e esperado como forma de resguardar a sociedade e ressocializar o detento, pois deveria ser mais rigorosa. “A superlotação dos presídios contribui para que o detento em regime semi aberto participe de ações delitivas e conseqüentemente atuar nas ruas de São Leopoldo e região metropolitana”.

E atribui ao sistema de segurança pública que retrata a carência de recursos devido a crise que o Estado passa, paralelo a proliferação na venda de entorpecentes e o crescente aumento da criminalidade, como fatores preponderantes no perfil criminoso da cidade.
*Confira a íntegra da Reportagem, na edição Março/2016 do Jornal Expresso RS.

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