terça-feira, 11 de novembro de 2014

Assembleia gaúcha referenda projeto da deputada Marisa que estabelece fornecimento de perucas

     A Assembleia Legislativa rejeitou, na sessão plenária desta terça-feira (11), com 47 votos contrários e dois favoráveis, o veto total do governo do Estado ao projeto de Lei 165/2012 de autoria da deputada Marisa Formolo (PT), aprovado pelo Legislativo em agosto passado, que visa a destinação, através do SUS, de perucas a pessoas com alopecia provocada pela aplicação de quimioterapia. O departamento de Elaboração Legislativa do parlamento deve encaminhar nesta quarta-feira (12) ofício informando o governo da derrubada do veto e o governador terá 48 horas para promulgar a lei.

     Para a autora do projeto, a deputada Marisa, a decisão do plenário referenda uma decisão já tomada pelo Parlamento e garantirá mais saúde e qualidade de vida aos gaúchos que precisam submeter-se ao tratamento quimioterápico. “O desembargador (José Aquino Flores de Camargo, que substituía o governador Tarso Genro, licenciado à época) foi induzido a um erro de interpretação quando estava em exercício do governo do Estado, pois o SUS (Sistema Único de Saúde) não precisa retirar dinheiro da conta pública”.

     Pela proposta, o acessório deve ser fornecido aos usuários e usuárias do SUS, mas a ideia é que as instituições de saúde ligadas a esse sistema captem doações para a implantação de um banco de perucas, para posterior distribuição aos pacientes. “Uma das alternativas é fazer como no Hospital Geral de Caxias do Sul e criar bancos de perucas, onde as pessoas doam cabelos para a confecção de perucas”, explica.

     O argumento da parlamentar é de que pessoas que se submetem ao tratamento de câncer podem ter queda de cabelo e, com isso, afastarem-se do convício social, por vergonha, baixa autoestima e até depressão. Como na aplicação intravenosa da quimioterapia, a reação é frequente, a doação de peruca ajuda a aumentar o bem-estar do paciente. "O cabelo é um ícone da identidade, especialmente da mulher e, com a perda dele, as pacientes passam a ter dificuldades de se inserirem na vida social. Por isso reconstituir a imagem é fundamental durante o tratamento de quem já está fragilizado pela doença.", frisa.

Fonte: http://www2.al.rs.gov.br/noticias/ExibeNoticia/tabid/5374/language/pt-BR/Default.aspx

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