Conforme o deputado Adolfo Brito (PP), todos os representantes brasileiros do setor produtivo foram impedidos de falar e sequer ouvir o que está sendo dito na COP 6. Além do deputado Brito, estão lá os parlamentares Marcelo Moraes (PTB) e Pedro Pereira (PSDB), em nome da Assembleia Legislativa Gaúcha, o presidente do Sindicato Rural de Candelária e representante da Farsul, Mauro Flores, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, além do prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus, de enviados do Sindicato do Tabaco do Rio Grande do Sul e de empresas do setor.
De acordo com os participantes da comitiva, todos são unânimes em rechaçar a medida de barrar a delegação, inclusive, tomada com apoio do governo brasileiro, e afirmam que está faltando transparência e sobrando autoritarismo no evento. Eles aguardam o encontro com os representantes do governo federal, que ocorrerá às 18h (horário local), quando, então, esperam ser atualizados sobre os assuntos do dia e quais foram os resultados.
Debate é importante para desenvolvimento do setor
A CQCT possui 35 artigos e tem como objetivo diminuir o número de fumantes no mundo e a exposição à fumaça do cigarro. A cada Conferência das Partes (COP), novas diretrizes e recomendações podem ser aprovadas. A preocupação dos produtores, trabalhadores e empresas do setor fumageiro presentes em Moscou é com os artigos 17 e 18, que tratam, respectivamente, de questões relacionadas à diversificação e proteção ao meio ambiente e à saúde, propondo a redução da área plantada e a substituição do cultivo.
Além destas matérias, outros assuntos que serão discutidos na COP, pedem a atenção especial do setor, como o uso dos ingredientes, sobre o qual já existe resolução, mas que está sob análise judicial para implementação. “A mobilização da classe política é fundamental neste momento para que não sejam aprovadas medidas que possam prejudicar ainda mais a cadeia produtiva do tabaco no País”, ressaltou Brito.
Fumicultura gera renda para pequenos agricultores
O deputado explica que, em 2013, foram embarcadas 627 toneladas de tabaco e arrecadados US$ 3,27 bilhões de divisas para o Rio Grande do Sul e para o País. No ranking mundial de produção de fumo, o país fica atrás somente da China. Na última safra, foram produzidas 706 mil toneladas e gerados R$ 5,3 bilhões em remuneração aos 160 mil agricultores integrados.
Brito considera a fumicultura um dos pilares da economia do sul do Brasil, a tradição cultivada por milhares de famílias agrícolas, que oportuniza renda e empregos diretos e indiretos em 640 municípios. “Apesar de utilizar, em média, apenas 16,5% da propriedade para o plantio, o tabaco é responsável por 56% da renda do produtor”, disse o parlamentar progressista.
Fonte: http://www2.al.rs.gov.br/noticias/ExibeNoticia/tabid/5374/language/pt-BR/Default.aspx
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