quinta-feira, 16 de outubro de 2014

EDITORIAL: Ou o Brasil toma jeito ou daqui a pouco não vai ter jeito de convencer o povo a comparecer às urnas.

     Estamos diante de mais uma eleição, segundo turno, mas não deixa de ser uma nova eleição, afinal todos partem do zero. Além de sermos bombardeados diariamente com propagandas políticas no rádio, TV, jornais e redes sociais, temos também os famigerados debates, ou seria embates.

     Em relação aos candidatos postulantes aos governos estadual e federal (1º e 2º turno), ambos tem pontos bons e ruins, mas infelizmente os ruins são os mais comentados e propagados, tanto é que, seja nos programas eleitorais gratuitos, debates ou comícios, todos se "agridem" verbalmente, não respeitando o povo brasileiro que não gostaria de ficar à mercê dessa "baixaria" política.



     E essa “baixaria” proposta pelos candidatos se reflete em alguns de seus, digamos, fãs, que usam as redes sociais para trocarem farpas e ofensas, sempre procurando mais ofender ao adversário do que defender aquele que tem como “ídolo”. Muitas amizades se deterioram em época eleitoral. Alguns até voltam a ter alguma relação de amizade posteriormente, mas há casos até mesmo de agressões físicas em campanhas eleitorais.

     Durante as campanhas o que pouco se vê são propostas concretas para o futuro, muito pelo contrário, só sabem discutir o passado. Tudo parte da velha frase: “no tempo de...” O povo brasileiro não precisa e não quer ouvir isso. Basta olhar os resultados das urnas. Não estamos falando dos votos válidos, estamos sim nos referindo às abstenções, aos votos nulos e em branco, que vem aumentando ano após ano.

     O povo brasileiro está cansado de ver e ouvir mandos e desmandos feitos pelos “representantes” em todos os níveis políticos. Tem sim pessoas sérias nesses cargos, entretanto a maioria está deixando a desejar. Neste último pleito, alguns candidatos já receberam uma dura mensagem do eleitor, principalmente não reelegendo candidatos que davam como certa sua eleição e não elegendo alguns que tentavam uma “promoção”, subindo de cargo.

     Muita coisa tem de mudar na política brasileira, e é para ontem, ou corremos o risco de dentro de pouco tempo os votos válidos ser infimamente menores do que os inválidos.

     Por exemplo: como fica a cabeça do eleitor que escolheu seu candidato, votou nele, conseguiu mais alguns votos com a família e amigos e fica sabendo que mesmo ele tendo uma votação expressiva ficou de fora, enquanto que um outro com menos da metade de votos se elegeu¿ Está mais do que na hora de acabar com isso. Se alguém não conseguiu uma quantidade de votos suficientes para ele próprio se eleger é sinal de que o povo não o quer lá.

     Ou o Brasil toma jeito ou daqui a pouco não vai ter jeito de convencer o povo a comparecer às urnas.

     Quanto à “baixaria” nas redes sociais, fica a dica: delete aqueles que usam a rede social para difamar ou simplesmente divulgar ofensas a este ou aquele candidato. Se ele lhe perturba com isso, é sinal que não se importa com você.

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