“A pessoa do Postalis [fundo de pensão dos Correios] nomeada pelo PT já havia resolvido e faltava a ponta do PMDB”, disse a contadora. Ela disse que a afirmação de Youssef foi feita em março deste ano, pouco antes de ser preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF).
Poza reafirmou o que teria dito à PF, em depoimento, de que Youssef teria vindo a Brasília para negociar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “A ponta do PT já estava acertada e faltava acertar a ponta do PMDB para a Postalis fazer o acerto de R$ 25 milhões.”
A empresa de Poza também intermediou o empréstimo de R$ 4 milhões de Youssef com o banco Stock Máxima para pagar salários atrasados de funcionários da Marsans. “Os R$ 4 milhões eram algo urgente”, disse Poza. Segundo ela, nem a operadora de turismo pagou o que devia a Poza nem ela quitou a dívida com o banco. A contadora também declarou que não foi acionada pelo banco para quitar suas dívidas.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou em 16 de setembro a falência do Grupo Marsans, operadora de turismo que fechou as portas em junho e deixou cerca de 4.500 clientes na mão. A decisão foi tomada porque a empresa não apresentou o plano de recuperação judicial no prazo previsto. As dívidas da companhia estão estimadas em R$ 57 milhões.
Fonte: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias
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