sábado, 11 de outubro de 2014

Ministro da Saúde condena atitudes racistas no caso da suspeita do vírus Ebola no Brasil

     O Brasil, ou alguns brasileiros, deveriam ser motivo de estudos mais aprofundados. Bastou que o Ministério da Saúde divulgasse que havia uma suspeita de que um cidadão africano estaria com o vírus Ebola para que se iniciasse uma campanha anti-africanos.

     Que muitos africanos (e de outras etnias) entram irregularmente em nosso país, aumentando o problema social que o próprio povo brasileiro já enfrenta, isto todos nós sabemos, agora partir para a discriminação, para não falar em racismo, é uma outra história.

     O que precisa ser feito é um controle mais rigoroso na entrada de pessoas em nosso país, e aí não importa a cor, credo ou origem. E não falemos somente em casos de doenças como o Ebola, há a necessidade de controle sobre a entrada de drogas e armas, por exemplo.

     Em entrevista coletiva hoje pela manhã, o Ministro da Saúde, Arthur Chioro, comentou que “é inaceitável as atitudes racistas que algumas pessoas tem mostrado em relação ao primeiro caso suspeito de Ebola no Brasil. O Ebola não tem nenhuma relação com a dimensão racial.”

     De acordo o Ministério da Saúde, OMS orienta que a triagem mais efetiva se faça nos aeroportos de saída, ou seja, nos aeroportos dos países onde há transmissão do ebola para evitar que pessoas sintomáticas ou que tiveram contato com paciente de ebola viajem. Nos aeroportos brasileiros são realizadas mensagens sonoras alertando sobre os sintomas e são realizados protocolos de contingência caso algum passageiro apresente sintomas.

     O Ministério da Saúde ressalta ainda que a OMS não recomenda quaisquer medidas que restrinjam o comércio ou o fluxo de pessoas com os países afetados, já que a transmissão de pessoa a pessoa só se dá com o contato direto com os fluidos corporais ou secreções de um paciente infectado.

     E, diga-se de passagem, exames realizados com o paciente não comprovaram que o mesmo estivesse com o vírus.

     Se uma pessoa, de qualquer cor ou cidadania, passar a ser apontada pelos problemas que ocorrem em seu país de origem, daqui a pouco os brasileiros serão proibidos de entrar em outros países para não disseminar a “corrupção”.

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