O deputado estadual Altemir Tortelli (PT) alertou aos parlamentares que a dimensão da situação é bem mais grave do que se imagina. “O não pagamento dos agricultores familiares é a ponta do iceberg. Para se ter uma ideia, há cooperativas usando recursos próprios para honrar os compromissos financeiros com os produtores de leite, sem garantia de recebimento das empresas que processam o alimento e comprometendo sua sobrevivência”, revelou.
Conforme dados da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Rio Grande do Sul (Fetraf-RS/CUT), somente a Cooperativa Tritícola Sananduva (Cotrisana), a Cooperativa dos Pequenos Agricultores Produtores de Leite da Região Sul (Coopal), a Cooperativa Agrícola Mista Urtiguense (Coamu) e a Cooperativa de Laticínios Ibiacaense (Coolati) somam cerca de R$ 3 milhões a receber das empresas LBR, Promilk e Hollmann, para as quais revendiam o leite recolhido das propriedades rurais.
Na quarta-feira (29), o deputado esteve reunido com a direção da Fetraf-RS/CUT, quando se comprometeu a intermediar junto ao governo federal alternativas como a busca de uma linha de crédito emergencial e com juros acessíveis. Foi solicitada audiência com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a próxima semana.
Mais de 4 mil agricultores familiares do Estado estão com dificuldades para receber valores devidos por empresas que processam e revendem o alimento. A crise tem relação direta com a Operação Leite Compensado, deflagrada em maio de 2013. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do país, produzindo em torno de 13,5 milhões de litros por dia.
Fonte: © Agência de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário