quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Em depoimento à CPMI da Petrobras, Meire Poza, disse que ficou encarregada de buscar R$15 mil durante três meses com uma pessoa ligada ao diretório nacional petista.

     A contadora Meire Poza admitiu ter guardado um contrato - apreendido pela Polícia Federal em seu escritório - de um empréstimo de R$ 6 milhões entre a 2 S Participações LTDA, empresa de Marcos Valério, e a Expresso Nova Santo André, de Ronan Maria Pinto, mas disse desconhecer sua utilização por Enivaldo Quadrado.

     - Eu não tenho conhecimento de que tenha havido nenhum tipo de chantagem. Quando ele me pediu para que eu guardasse esse contrato, em momento algum ele falou para que ele tinha utilizado ou para que ele tinha utilizado. Eu só soube do teor depois da publicação da revista Veja - explicou.

     Em depoimento à CPMI da Petrobras, ela disse que ficou encarregada de buscar R$15 mil durante três meses com uma pessoa ligada ao diretório nacional petista. Mas ela negou ter conhecimento de que Alberto Youssef operasse um esquema de lavagem de dinheiro com prefeituras do PT.

     - Uma das coisas que eu deixei claro foi que eu não teria dito que o Beto tinha essa ascendência em prefeituras do PT. Então, voltando a isso, o Beto talvez, o Alberto Youssef, talvez esteja sendo dado a ele um poder, talvez, porque eu não sei, ele está em um processo de delação premiada, mas talvez um poder um pouco maior do que o que ele tenha - disse.

     Após a contadora Meire Poza negar ter conhecimento sobre suposto desvio de R$ 6 milhões da Petrobras, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou reportagem publicada pela revista Veja sobre o assunto.

     Segundo a revista, o ex-sócio da corretora Bônus Banval Enivaldo Quadrado, condenado no julgamento do mensalão, teria chantageado o PT para não fornecer detalhes da suposta operação que envolveria membros do partido.

     - O depoimento [de Meire Poza] é importante no sentido de sabermos o que é que alguns órgãos de imprensa tentam vender como verdade absoluta, colocando coisas que não foram ditas nas bocas das pessoas - criticou o senador.

     No último dia 25, a Justiça Eleitoral julgou pedido do partido que questionava o teor de uma reportagem e garantiu a publicação de direito de resposta do PT. Mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em decisão provisória, derrubou a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

     Mesmo sem a confirmação de Meire Poza, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) acredita que o contrato teria sido usado por Quadrado para chantagear o PT.

Fonte: Agência Senado

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